Leitura Recomendada: Familiar Things de Lia Habel (Review)

Olá minhas criaturas mágicas! Espero que estejam bem, e preparadas para uma review de um livro bastante único.

Há muito, muito tempo atrás, quando eu andava na minha fase de 'zombies are love', eu falei-vos dos livros da autora Lia Habel, que eu adoro. E apesar de ela ainda não ter acabado a série, ela começou uma nova, num mundo igualmente fantástico, chamada Familiar Things.

Eu confesso que passei por várias fases com Familiar Things - quando ouvi a ideia, fiquei curiosa, quando li o resumo, fiquei confusa, depois de começar a ler era algo dificil parar, o que é bastante engraçado para uma rapariga que não gosta particularmente de histórias de fantasia e jura nunca ler Harry Potter.

O livro é passado ao mesmo tempo num mundo que é e não é o nosso. A nossa protagonista, Everrose, vive numa vila no meio dos EUA, que se encontra numa 'bolha mágica', e por isso enquanto o resto do mundo está no século XXI, eles vivem nos anos 50. Everrose é uma bruxinha adolescente, cujas maiores preocupações se resumem ao facto de não ter um 'familiar' - um animal que a protege enquanto desenvolve a sua magia -, de a sua melhor amiga se esquecer constantemente dela, e de o futuro sogro mudar de ideias sobre ela como quem muda de camisa.

Isto é, até o namorado voltar de um ritual de passagem que o trouxe ao nosso mundo, e ela achar um 'familiar' que é extremamente fora do comum, sobretudo tendo em conta que ela continua sem dominar os seus poderes.

O livro é todinho narrado da perspetiva da Everrose, com que é bastante fácil de simpatizar, porque ela é engraçada e energética, e apesar de passar por várias contrariadades, não faz monologos de queixas, que são super chatos e quebram o ritmo. Na verdade, para uma miuda tão doce, ela é até bem pragmática, o que é bom ver. A narração dela também é bastante fotográfica, permitindo que imaginemos o mundo e as criaturas e pessoas que o habitam.

A ação tem um bom ritmo, e tem sempre algo importante a acontecer, apesar de, como é normal, os maiores desenvolvimentos se darem no último terço do livro. O final é algo aberto, num sentido geral, mas resolvido também, que é algo típico e bom nas narrativas de Lia Habel.

Pode não se tornar o meu livro preferido, mas gostei bastante.

xoxo