domingo, 13 de maio de 2018

EUROVISÃO | Celebrar a diversidade...em Israel? #allaboard

Olá maltinha, espero que estejam bem, onde quer que estejam neste dia 13 de maio. Eu estou cansada, porque levo a Eurovisão muito a sério, e ontem foi indiscutivelmente uma noite de emoções fortes. 


EUROVISÃO
Eurovisão 2018 . All Aboard

Vou antes demais dar os meus parabéns à RTP e ao Turismo de Portugal pela organização do evento. Há muitas coisas com que não concordei, mas eles souberam promover o nosso país, dinamizar o evento e, mais do que isso, fazer a melhor transmissão em termos de som e imagem de que eu tenho memória.


E tudo começou com uma excelente escolha de abertura para a final.




Eu confesso que não adorei a ideia de abrir com fado, a princípio, mas a Ana Moura e a Mariza deram voz a clássicos da nossa música de forma irrepreensível, e levantaram imenso a fasquia logo no começo.




Também irrepreensíveis oram a Cláudia Pascoal e a Isaura, mas todos sabíamos que não tínhamos hipótese, porque o concurso deste ano foi de uma inspiração sobrenatural, e a competição era muito forte - os favoritos mudavam quase todos os dias até. Mas, e desculpem-me a ironia, só era dia 12 de maio, o Papa não estava e o FC Porto foi campeão. portanto acabamos a roubar o lugar cativo do Reino Unido no fundo da tabela. 

Posto isto, vamos então falar da galinha que ocupa a sala - ou seja, do resultado do concurso.



10 anos depois da sua vitória em território russo, Alexander Rybak arriscou todo para vir a Portugal com uma canção completamente diferente da que lhe deu o título em 2009, e até tocou instrumentos imaginários e dançou. Infelizmente, o  menino que faz anos hoje (parabéns para ele) não conseguiu nem passar o meio da tabela, apesar de ser favorito. 



A Alemanha apostou num sósia do Ed Sheeran com uma música de fazer chorar a calçada portuguesa - eu que o diga! - e ainda fez alguma mossa, mas a Eurovisão este ano não estava em sintonia com os seus feelings...



Foi por isso também que nem a preferência do juri valeu a este talentoso e poderoso cantor austríaco que subiu como uma fénix durante a primeira parte da votação (cheia de piadas despropositadas, devo acrescentar)-



Com o encanto de Afrodite e muito fuego na alma, Chipre ainda deixou toda a gente - incluindo as casas de apostas, que devem ter tido umas surpresas engraçadas ontem - com a cabeça à roda, mas todos sabíamos o que ia acontecer, e mesmo que quiséssemos, o destino estava traçado desde o início.



E Israel ganhou a Eurovisão pela 4ª vez, salvo erro. Eu tenho imenso a dizer sobre esta vitória e sobre o facto de quererem fazer o concurso num país tecnicamente em guerra, mas essas opiniões não são para aqui chamadas.

Eu nunca escondi que não sou fã da Netta. Sim, a música dela é divertida, e ela é inegavelmente talentosa, mas se "a música são emoções e não fogo de artificio" então ontem não ganhou música. 

Uma das minhas memórias mais antigas e marcantes da Eurovisão foi a vitória da Dana International em 1998, mas "Diva" era uma música muito diferente desta - aqui, toda a encenação tira a força da mensagem.

Para mim, ver a votação ontem foi como recuar 10 anos no tempo e estar constantemente a fazer figas para que os Lordi não vencessem. Depois habituei-me à ideia, mas não deixa de ser um momento bizarro na história. 

Deixo-vos com uma música que marca sim, porque conta a história recente de uma forma absolutamente formidável e que não deve ser esquecida, muito menos quando ainda ontem mais uma data foi acrescentada a este interminável ciclo de violência. Os meus parabéns à Itália por esta escolha corajosa.



E agora é esperar que Israel nos surpreenda no ano que vem!

A peregrinação começa hoje!

xoxo

10 comentários:

  1. Adorei o post. Também não sou fã da Netta e estava a fazer figas para que ganhasse a Áustria. Não sei até que ponto Israel será o local apropriado para um evento desta dimensão, mas é esperar para ver.
    Gostei muito da música da Irlanda, foi uma das minhas favoritas. Quanto à Itália, acho que a escolha desta música foi brutal. Gostei muito mesmo, e tal como tu escreveste, a música conta uma história. E uma história que faz todo o sentido nos nossos dias.

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    1. eu sabia que pelo menos uma pessoa me ia entender! eu confesso que mudei muitas vezes de música favorita, mas as da Áustria e da Itália são realmente as mais marcantes =)

      xoxo

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  2. Eu confesso que não acompanhei quase nada do festival.

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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    1. eu diria que isso é um feito tendo em conta a cobertura, mas não é para toda a gente, e eu aceito isso =)

      xpxo

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  3. Sim, é uma marca cara, mas também te digo que os resultados são tiros certeiros :) Compensa por isso!

    Eu não vi o festival de início portanto não posso opinar muito. Conhecia a nossa música e, na eventualidade, acabei por ouvir a de Israel. Só lamento este género de festivais já não ser visto tanto quanto "música" mas, sim, pelo lado da história e da mensagem que se quer passar!

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    1. e uma perspetiva que eu entendo, mas é dificil dissociar a música das empções, e en casos como o da Itália, por exemplo, era uma mensagem muito importante para Europa e para o Médio Oriente...

      a mim incomoda-me mais o aspeto político que tudo tem...o ano passado em Kiev foi tebso, o ano que vem é imprevisivel =(

      xoxo

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  4. Só vi um bocadinho mas gostei do início.

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  5. Não consigo perceber como é que ganhou Israel...juro que não!
    Haviam outras escolhas, que elas sim, mereciam um titulo! Enfim...
    Mas o espectáculo foi impecável, Portugal está de Parabéns :)

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