Olá maltinha, espero que estejam bem, onde quer que estejam neste dia 13 de maio. Eu estou cansada, porque levo a Eurovisão muito a sério, e ontem foi indiscutivelmente uma noite de emoções fortes.
Vou antes demais dar os meus parabéns à RTP e ao Turismo de Portugal pela organização do evento. Há muitas coisas com que não concordei, mas eles souberam promover o nosso país, dinamizar o evento e, mais do que isso, fazer a melhor transmissão em termos de som e imagem de que eu tenho memória.
E tudo começou com uma excelente escolha de abertura para a final.
Eu confesso que não adorei a ideia de abrir com fado, a princípio, mas a Ana Moura e a Mariza deram voz a clássicos da nossa música de forma irrepreensível, e levantaram imenso a fasquia logo no começo.
Também irrepreensíveis oram a Cláudia Pascoal e a Isaura, mas todos sabíamos que não tínhamos hipótese, porque o concurso deste ano foi de uma inspiração sobrenatural, e a competição era muito forte - os favoritos mudavam quase todos os dias até. Mas, e desculpem-me a ironia, só era dia 12 de maio, o Papa não estava e o FC Porto foi campeão. portanto acabamos a roubar o lugar cativo do Reino Unido no fundo da tabela.
Posto isto, vamos então falar da galinha que ocupa a sala - ou seja, do resultado do concurso.
10 anos depois da sua vitória em território russo, Alexander Rybak arriscou todo para vir a Portugal com uma canção completamente diferente da que lhe deu o título em 2009, e até tocou instrumentos imaginários e dançou. Infelizmente, o menino que faz anos hoje (parabéns para ele) não conseguiu nem passar o meio da tabela, apesar de ser favorito.
A Alemanha apostou num sósia do Ed Sheeran com uma música de fazer chorar a calçada portuguesa - eu que o diga! - e ainda fez alguma mossa, mas a Eurovisão este ano não estava em sintonia com os seus feelings...
Foi por isso também que nem a preferência do juri valeu a este talentoso e poderoso cantor austríaco que subiu como uma fénix durante a primeira parte da votação (cheia de piadas despropositadas, devo acrescentar)-
Com o encanto de Afrodite e muito fuego na alma, Chipre ainda deixou toda a gente - incluindo as casas de apostas, que devem ter tido umas surpresas engraçadas ontem - com a cabeça à roda, mas todos sabíamos o que ia acontecer, e mesmo que quiséssemos, o destino estava traçado desde o início.
E Israel ganhou a Eurovisão pela 4ª vez, salvo erro. Eu tenho imenso a dizer sobre esta vitória e sobre o facto de quererem fazer o concurso num país tecnicamente em guerra, mas essas opiniões não são para aqui chamadas.
Eu nunca escondi que não sou fã da Netta. Sim, a música dela é divertida, e ela é inegavelmente talentosa, mas se "a música são emoções e não fogo de artificio" então ontem não ganhou música.
Uma das minhas memórias mais antigas e marcantes da Eurovisão foi a vitória da Dana International em 1998, mas "Diva" era uma música muito diferente desta - aqui, toda a encenação tira a força da mensagem.
Para mim, ver a votação ontem foi como recuar 10 anos no tempo e estar constantemente a fazer figas para que os Lordi não vencessem. Depois habituei-me à ideia, mas não deixa de ser um momento bizarro na história.
Deixo-vos com uma música que marca sim, porque conta a história recente de uma forma absolutamente formidável e que não deve ser esquecida, muito menos quando ainda ontem mais uma data foi acrescentada a este interminável ciclo de violência. Os meus parabéns à Itália por esta escolha corajosa.
E agora é esperar que Israel nos surpreenda no ano que vem!
A peregrinação começa hoje!
xoxo
Eurovisão 2018 . All Aboard
Vou antes demais dar os meus parabéns à RTP e ao Turismo de Portugal pela organização do evento. Há muitas coisas com que não concordei, mas eles souberam promover o nosso país, dinamizar o evento e, mais do que isso, fazer a melhor transmissão em termos de som e imagem de que eu tenho memória.
E tudo começou com uma excelente escolha de abertura para a final.
Eu confesso que não adorei a ideia de abrir com fado, a princípio, mas a Ana Moura e a Mariza deram voz a clássicos da nossa música de forma irrepreensível, e levantaram imenso a fasquia logo no começo.
Também irrepreensíveis oram a Cláudia Pascoal e a Isaura, mas todos sabíamos que não tínhamos hipótese, porque o concurso deste ano foi de uma inspiração sobrenatural, e a competição era muito forte - os favoritos mudavam quase todos os dias até. Mas, e desculpem-me a ironia, só era dia 12 de maio, o Papa não estava e o FC Porto foi campeão. portanto acabamos a roubar o lugar cativo do Reino Unido no fundo da tabela.
Posto isto, vamos então falar da galinha que ocupa a sala - ou seja, do resultado do concurso.
10 anos depois da sua vitória em território russo, Alexander Rybak arriscou todo para vir a Portugal com uma canção completamente diferente da que lhe deu o título em 2009, e até tocou instrumentos imaginários e dançou. Infelizmente, o menino que faz anos hoje (parabéns para ele) não conseguiu nem passar o meio da tabela, apesar de ser favorito.
A Alemanha apostou num sósia do Ed Sheeran com uma música de fazer chorar a calçada portuguesa - eu que o diga! - e ainda fez alguma mossa, mas a Eurovisão este ano não estava em sintonia com os seus feelings...
Foi por isso também que nem a preferência do juri valeu a este talentoso e poderoso cantor austríaco que subiu como uma fénix durante a primeira parte da votação (cheia de piadas despropositadas, devo acrescentar)-
Com o encanto de Afrodite e muito fuego na alma, Chipre ainda deixou toda a gente - incluindo as casas de apostas, que devem ter tido umas surpresas engraçadas ontem - com a cabeça à roda, mas todos sabíamos o que ia acontecer, e mesmo que quiséssemos, o destino estava traçado desde o início.
E Israel ganhou a Eurovisão pela 4ª vez, salvo erro. Eu tenho imenso a dizer sobre esta vitória e sobre o facto de quererem fazer o concurso num país tecnicamente em guerra, mas essas opiniões não são para aqui chamadas.
Eu nunca escondi que não sou fã da Netta. Sim, a música dela é divertida, e ela é inegavelmente talentosa, mas se "a música são emoções e não fogo de artificio" então ontem não ganhou música.
Uma das minhas memórias mais antigas e marcantes da Eurovisão foi a vitória da Dana International em 1998, mas "Diva" era uma música muito diferente desta - aqui, toda a encenação tira a força da mensagem.
Para mim, ver a votação ontem foi como recuar 10 anos no tempo e estar constantemente a fazer figas para que os Lordi não vencessem. Depois habituei-me à ideia, mas não deixa de ser um momento bizarro na história.
Deixo-vos com uma música que marca sim, porque conta a história recente de uma forma absolutamente formidável e que não deve ser esquecida, muito menos quando ainda ontem mais uma data foi acrescentada a este interminável ciclo de violência. Os meus parabéns à Itália por esta escolha corajosa.
E agora é esperar que Israel nos surpreenda no ano que vem!
A peregrinação começa hoje!
xoxo
Adorei o post. Também não sou fã da Netta e estava a fazer figas para que ganhasse a Áustria. Não sei até que ponto Israel será o local apropriado para um evento desta dimensão, mas é esperar para ver.
ResponderEliminarGostei muito da música da Irlanda, foi uma das minhas favoritas. Quanto à Itália, acho que a escolha desta música foi brutal. Gostei muito mesmo, e tal como tu escreveste, a música conta uma história. E uma história que faz todo o sentido nos nossos dias.
eu sabia que pelo menos uma pessoa me ia entender! eu confesso que mudei muitas vezes de música favorita, mas as da Áustria e da Itália são realmente as mais marcantes =)
Eliminarxoxo
Eu confesso que não acompanhei quase nada do festival.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
eu diria que isso é um feito tendo em conta a cobertura, mas não é para toda a gente, e eu aceito isso =)
Eliminarxpxo
Sim, é uma marca cara, mas também te digo que os resultados são tiros certeiros :) Compensa por isso!
ResponderEliminarEu não vi o festival de início portanto não posso opinar muito. Conhecia a nossa música e, na eventualidade, acabei por ouvir a de Israel. Só lamento este género de festivais já não ser visto tanto quanto "música" mas, sim, pelo lado da história e da mensagem que se quer passar!
NEW COOKING POST | EGGPLANT STUFFED WITH MUSHROOMS AND SWEET POTATO CHIPS :O
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e uma perspetiva que eu entendo, mas é dificil dissociar a música das empções, e en casos como o da Itália, por exemplo, era uma mensagem muito importante para Europa e para o Médio Oriente...
Eliminara mim incomoda-me mais o aspeto político que tudo tem...o ano passado em Kiev foi tebso, o ano que vem é imprevisivel =(
xoxo
Só vi um bocadinho mas gostei do início.
ResponderEliminarO início foi ótimo!
Eliminarxoxo
Não consigo perceber como é que ganhou Israel...juro que não!
ResponderEliminarHaviam outras escolhas, que elas sim, mereciam um titulo! Enfim...
Mas o espectáculo foi impecável, Portugal está de Parabéns :)
Ditto!
Eliminarxoxo