quinta-feira, 24 de junho de 2010

Breakin Records: John Isner

Eu até podia ter algunas coisas para contar, que até acho que tenho, mas hoje nunca poderia fazer um post sobre mim, porque há quem mais mereça ser falado.

Eu acredito que isto tenha passado ao lado para muita gente, até nos EUA (até porque passaram ontem à fase seguinte na África do Sul), mas acabou há mais ou menos 2h a partida mais longa na história do ténis.

E eu juro que não sou assim tão lunática para não perceber que para haver uma partida de ténis são precisos 2 jogadores, mas derrotar o Nicolas Mahut, o John Isner torna-se o protagonista desta história.

Durante 3 dias, o John e o Nicolas ocuparam o Court 18, jogando um total de 11h e 5 minutos, quase o dobro da partida que detinha o record anterior.
Aliás, o 5º set deste jogo foi só por si mais longo do que a partida com o record anterior, estendendo-se por 8h de jogo.

Mas o mais impressionante não é isso...o que impressiona mais é que foram quebrados muitos outros recordes nesta partida que terminou 4-6; 6-3; 7-6, 6-7 e (imagine-se!) 68-70 (eu sei...parece um resultado de basquetebol!).

Para começar, há o resultado do último set. Apesar de não existir tie-break no último set em 3 dos Grand Slam, nunca um set se tinha arrastado até aos inacreditáveis 68-70.

Depois há também o número de ases, que ilustram bem a razão da demora na resolução do encontro: 103 para o Mahut e 112 para o Isner. Para compreender a grandeza do número basta dizer que muita gente não faz 100 ases num torneio inteiro.

Para terminar há algo que não é um record, mas não deixa de ser um feito. Esta partida eclipsou Wimbledon por completo. Ela atraiu ao Court 18 multidões, numa altura em que jogavam estrelas como Roger Federer, e também alguns jogadores e ex-jogadores como Gael Monfils, John McEnroe e Tim Henman.

Mas o que realmente é preciso salientar é que este jogo mostra que não só as finais são épicas e não só os jogadores de topo dão grandes espectáculos. Durante estas 11h, e sobretudo durante as 8 do 5º set, foi sempre exibido um alto nível de ténis, tendo os jogadores errado muito pouco e feito jogadas de bom nivel técnico, mesmo quando o fisico já não deixava.


Quanto ao John, que avança agora para a segunda ronda, onde enfrenta Thiemo De Bakker, penso que terá boas hipóteses, dependendo obviamente da sua recuperação após esta maratona. Depois conto como vai correndo a situação dele!

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