Matiné #3

Olá maltinha! Espero que estejam bem, Hoje falamos de filmes - muito basicamente os que eu vi e alguns dos que foram mais falados durante o mês de fevereiro.

Se quiserem saber quais foram e o que eu  achei deles, é só continuar a ler!

O Jogo da Imitação - graças a Deus traduziram o título literalmente, porque eu estava mesmo a ver este filme a chamar-se Enigma - era mais um dos nomeados aos Óscares deste ano. Ele é baseado na história verídica de Alan Turing, um matemático que acaba a trabalhar nos serviços secretos britànicos para descodificar as mensagens germânicas - o tal Enigma.
Confesso que dos filmes que vi até agora dos Óscares, foi o que gostei menos. Primeiro que tudo, não dava a estatueta ao BC por este papel, porque esta é a zona de conforto dele - este gajo e o Assange podian ser família, juro. Depois não achei o filme assim tão interessante.
Ele passa-se no  'presente' e no passado, e vamos vendo o Turing quando é condenado - basicamente por ser gay - durante os tempos de escola e enquanto está a trabalhar no Enigma, mas achei que a descodificação não foi explorada como deve ser, e da vida pessoal do Turing só sabemos o que vemos do tempo de escola e o que ele vai divulgando, que é pouco.
No entanto, isto não quer dizer que o filme não foi agradavel. O diálogo e a interação dos personagens é excelente, e eu  adorei a Keira. Só achei que o filme ficou um pouco áquem do que poderia ter sido.

Foxcatcher foi a minha penúltima paragem a caminho dos Óscares. O Steve Carell e o Mark Ruffalo estavam nomeados, e tenho ideia que haviam mais nomeações. Além disso, com o Channing (nada de nomeações para ele, mais uma prova que os srs. da Academia são preconceituosos), o filme tinha entrado no meu radar bem antes disso.
Este é mais um baseado em factos verídicos, e se eu já não tinha ficado impressionada com o filme de que acabei de falar, este não foi de todo melhor. Ele é suposto contar a história dos irmãos Schultz - Mark e Dave - campeões de wrestling nos anos 90, que se acabam por meter com um patrocinador - o milionário John Du Pont - que os alicia a trabalhar para a sua equipa privada, Foxcatcher, e acaba por arruinar a vida do Mark e matar o Dave num ataque de insanidade inexplicável.
O que se passa é que, apesar de o filme supostamente ser sobre os irmãos, a verdade é que ele acaba mais por revolver todo à volta do Du Pont, e o coitado do Dave, que deveria ser o heroi - afinal ele é que morreu por razão nenhuma - nem está presente em metade do filme. Além disso,  eu não precisei de ler quase nada sobre a história real para ficar com a impressão de que muitos factos estão errados no filme.
Se a interpretação do Steve Carell é boa? É, mas se me dessem um papel principal disfarçado de secundário também eu ganhava um Óscar!

Para variar, estou a escrever no dia a seguir a ver o filme, e por isso a paixão vai ser menor. Mas queria ver primeiro se o Eddie ganhava o Óscar ou não, e tenho desde já de dizer que acho que foi 100% merecido!
Acho que não é preciso dizer que A Teoria de Tudo é a história de Stephen Hawking, o talentoso cosmologista que sofre de ALS (eu nunca sei como se chama em Português) e da sua estranha mas perfeita família.
É um filme extraordinário em todos os sentidos, desde a produção, à história inspiradora e às interpretações, e na verdade acho que merecia mais do que recebeu, pois em conjunto com  Para Sempre Alice, foi o que mais gostei de ver.
Quanto a interpretações...eu gostei da Felicity sim, mas mesmo assim acho que ela está muito comparável à Keira no Jogo da Imitação. Este filme é declaradamente do Eddie.
Tenho no entanto a dizer, que embora perceba quem diz que vê o Stephen e não o Eddie no filme, que eu vejo...ambos. Acho que o Eddie só conseguiu dar a vida ao papel como deu, com toda aquela expressividade e alegria - que é que a mim me marcou - porque ele é o Eddie, e de certo modo, é também a maneira de ser dele. O que não quer dizer que este não é o papel de uma vida.
Eu gostei muito do filme porque me fez sorrir e rir, apesar do tema pesado que tem, e porque me senti inspirada sem ser forçada a 'pensar na vida', o que eu achei incrivel.
É definitivamente oara rever.

Para acabar um post sobre filmes exrremamente falados, aqui ficam os meus 5cents sobre a estreia mais incontotnável de fevereiro.
Como tinha prometido, não fui ver ao cinema, mas sim em casa com auriculares nos ouvidos (why go to the cinema if it's out and perfect in two weeks??) e continuo a achar que foi a escolha certa.
Eu gostei do filme, mas pessoalmente acho que eles foram tão longe quanto podiam tendo em conta que é um filme para passar em cinemas sem grandes restrições de audiência. E mesmo assim tem nudez (se bem que mais implicita que outra coisa), alguma violência, chicotes, algemas de cobre ou lá o que  aquilo era...nem me excitou nem me incomodou muito, mas mesmo assim para o que diziam, eu acho o filme até bem arrojado nesse sentido.
De resto, eu não sou conhecedora dos livros, mas penso que esta bastante fiel, pelos traços mais ou menos gerais que eu conheço da história. Eu apaixonei-me pelo Jamie nos primeiros 10 minutos -  sim,  mesmo - porque achei-o bastante expressivo naquela forma estoica do Grey. A Dakota também está bem, tendo em conta que dá vontade de lhe dar um estalo metade do tempo. O resto do elenco  não gostei muito. A Kate parece-me um pouco velha em relação à Ana e ao Eliott na verdade, e realmente a Rita Ora pareceu-me muito presa como Mia (e aquele cabelo! =P)
Quanto à história, até porque estou a alongar-me muito, o início fez-me rir - muito, tipo mais que em muitas comédias - o meio  ia-me derretendo (não é nada romântico mesmo...), a reta final deu-me vontade de gritar com aquele parvalhão, E a cena final? Perfeita para me obrigar a ver as sequelas. E tenho dito.


Quais destes filmes é que vocês viram? Gostaram deles? Acham que os Óscares foram merecidos?

xoxo

PS: Para quem queira saber o que achei dos Óscares.