Nessa altura, não me passava pela cabeça que a meio de Maio estaria aqui a fazer rescaldo da Eurovisão, como faço sempre - ou quase.
Este ano é um rescaldo diferente, porque não houve xoncurso, e que pena foi. As canções eram extraordinárias, para variar. Em vez disso, deram-nos o Eurovision Shine A Light. E que desilusão foi.
Depois de 8 semanas de concertos fora da caixa, transmitidos via YouTube, de duas sessões online em que passaram todas as canções a concurso, e até de terem lançado o album, mesmo sem concurso, prometem-nos que vão fazer uma transmissão em direto de Roterdão, em que vamos ver todas as canções e mais surpresas....
E depois o que acontece são 2 horas de paleio, em que realmente passaram as canções - uns 30 segundos de cada, se tanto - e mensagens dos concorrentes.
A única real atuação a que tiveram direito foi "Love Shine A Light" em jeito de "Do They Know It's Christmas?", com cada um a cantar pouco mais que uma frase.
Se eu gostei de ver Sir Johnny Logan - yes, of course. Se eu amei ver o Mans Zelmerlow? Claro, não encontro canção mais apropriada para este momento - provavelmente foi o que mais gostei em todo o espetáculo.
Mas o que eu queria mesmo era ouvir o falsete épico do Ben Dolic, as danças malucas dos islandeses...e isto.
Porque foi absolutamente lindo, e eu acredito que esta camção vai viver depois deste ano, mesmo que a Itália volte a fazer concurso no ano que vem.
A questão é que perdemos a oportunidade de ver atuações especiais e inusitadas, em cenários magníficos, em cada um dos países, como quando acenderam as luzes nos momumentos.
E não me façam falar da parte em que confirmaram que havia Eurovisão para o ano - imagina! - e que vários países levariam os mesmos interprees (as músicas não, que isso é regra)
Eu acho que deviam ir todos. Facilitava a seleção, tendo em conta que ainda vamos estar muito limitados no ano que vem, e dava a estes artistas uma verdadeira oportunidade de brilhar.
Peço desde jà RTP que considere fazer um festival à antiga, com 12 canções todas escritas para a voz da Elisa.
E tenho dito.
Até Roterdao 2021.
xoxo