domingo, 17 de maio de 2020

Eurovision Shine a Light...

Olá, espero que esteja alguém por aí. Até porque aparentemente houve reações ao meu último post e eu nem pensei nessa possibilidade.

Nessa altura, não me passava pela cabeça que a meio de Maio estaria aqui a fazer rescaldo da Eurovisão, como faço sempre - ou quase.

Este ano é um rescaldo diferente, porque não houve xoncurso, e que pena foi. As canções eram extraordinárias, para variar. Em vez disso, deram-nos o Eurovision Shine A Light.  E que desilusão foi.


Depois de 8 semanas de concertos fora da caixa, transmitidos via YouTube, de duas sessões online em que passaram todas as canções a concurso, e até de terem lançado o album, mesmo sem concurso, prometem-nos que vão fazer uma transmissão em direto de Roterdão, em que vamos ver todas as canções e mais surpresas....

E depois o que acontece são 2 horas de paleio, em que realmente passaram as canções - uns 30 segundos de cada, se tanto - e mensagens dos concorrentes.

A única real atuação a que tiveram direito foi "Love Shine A Light" em jeito de "Do They Know It's Christmas?", com cada um a cantar pouco mais que uma frase.

Se eu gostei de ver Sir Johnny Logan - yes, of course. Se eu amei ver o Mans Zelmerlow? Claro, não encontro canção mais apropriada para este momento - provavelmente foi o que mais gostei em todo o espetáculo.


Mas o que eu queria mesmo era ouvir o falsete épico do Ben Dolic, as danças malucas dos islandeses...e isto.


Porque foi absolutamente lindo, e eu acredito que esta camção vai viver depois deste ano, mesmo que a Itália volte a fazer concurso no ano que vem.

A questão é que perdemos a oportunidade de ver atuações especiais e inusitadas, em cenários magníficos, em cada um dos países, como quando acenderam as luzes nos momumentos.

E não me façam falar da parte em que confirmaram que havia Eurovisão para o ano - imagina! - e que vários países levariam os mesmos interprees (as músicas não, que isso é regra)

Eu acho que deviam ir todos. Facilitava a seleção, tendo em conta que ainda vamos estar muito limitados no ano que vem, e dava a estes artistas uma verdadeira oportunidade de brilhar.

Peço desde jà RTP que considere fazer um festival à antiga, com 12 canções todas escritas para a voz da Elisa.

E tenho dito.

Até Roterdao 2021.

xoxo

domingo, 15 de março de 2020

O Dilema de "ter noção" sem ficar maluco

Sinto-me triste por ter de voltar aqui nestas condições. mas o COVID19 esta cá, estamos numa contenção que parece mais uma quarentena e eu preciso de trabalhar - seja qual for a definição de trabalhar -  para não deixar o meu sistema colapsar.

Imagem tirada de espalhafactos no Instagram
Já ouvi várias versões desta frase nos últimos dias, incluindo da boca da minha mãe. E tenho de pedir desculpa, mas não é assim tão simples.

É verdade que somos mimados: temos televisão - mais valia não termos que virou tudo CMTV -, internet, temos a possibilidade de encomendar coisas online, temos acesso a livros, e se tudo falhar, podemos fazer exercício em casa.

Mas a verdade é que a maioria de nós nunca teve de passar por guerras, dificuldades ou limitação da liberdade. A maioria de nós nunca passou por um racionamento ou teve de estar em alerta permanente.

A realidade é que, se a parte racional do nosso cérebro até percebe todas as medidas que estão a ser tomadas, nós somos seres humanos - somos falíveis, emocionais e hoje em dia. na maior parte da vezes, stressados e ansiosos. Se percebemos que atrasar o surto é o melhor para todos, ao mesmo tempo só queremos que isto acabe.

Mexe com a cabeça de uma pessoa ver as cidades ficarem vazias de repente. Mexe com uma pessoa saber que vai ter de alterar todos os seus hábitos por tempo indefinido. Mexe com uma pessoa não saber se vai ter ocupação ou compensação no mês seguinte.

Mais que tudo. mexe com uma pessoa ver a luz ao fundo do túnel a ficar mais longe e não mais perto. Talvez ainda mais não poder dar e receber afeto daqueles que ama.

Claro que vou tentar "ter noção" - embora estas medidas de contenção criem uma paranoia tal que deixa a convivência difícil. Mas Deus e todos os que me rodeiam que me perdoem, eu vou aproveitar todas as desculpas que puder para ir à rua nem que seja por uns minutos, que a janela ou o pátio não ajudam com a claustrofobia social.

Enquanto puder, vou aproveitar os pequenos momentos do dia em que posso sair, para não dar em doida a pensar em tudo o que devia ter feito e não fiz. Posso até comprar um pão a mais, mas vou tentar ser mais conscienciosa no uso do papel higiénico, para não ter de fazer aquela figura de meme que todos comentam mas fazem.

Agora é tempo de olhar para fora, mas já que vamos estar mais isolados que nunca, é sobretudo tempo de olhar para dentro. Se vamos ter de usar o carro para nos deslocar mais vezes ou gastar mais água com a higiene aprimorada, então vamos tentar também melhorar os nossos hábitos noutras áreas, para minimizar o impacto ambiental que esta crise vai com certeza ter.

Há muito em que pensar, desde o passado, ao presente e ao futuro, e infelizmente muitos de nós vão ter tempo redobrado para isso.

A sociedade vai ter de sair disto mudada, com novos modelos de ensino e de trabalho, quem sabe novas regras de convivência.

Nunca estivemos tão isolados, e a minha esperança é que seja pelo menos tempo possível. Mas não nos podemos esquecer que somos seres humanos, e vamos continuar a ser.

Até lá, podemos todos fazer uma lista de desejos para quando formos "lobertados" - que já sei os primeiros 5 itens da minha, e vocês?

sábado, 9 de novembro de 2019

SUSANA BETTENCOURT X ANA GUIOMAR

Olá maltinha, espero que estejam bem. Quem me segue nas redes viu que estive há duas semanas no Portugal Fashion SS20, onde fui conhecer as novidades da próxima estação e não só... também tive oportunidade de conhecer novas marcas e notar a consciência social que está a aumentar no  mundo da moda em Portugal.

Hoje vim falar de uma das coleções que mais me marcou: Susana Bettencourt x Ana Guiomar.

A criadora, que eu já acompanho há algum tempo e é uma absoluta mestre das malhas juntou-se à atriz para a edição limitada "Saving Lives Changing Lives", que foi apresentada na área de exposição do evento.

Eu infelizmente não estive na apresentação - mal informada, como sempre - mas adorei as peças e a causa, e por isso hoje venho partilhar convosco.


Esta coleção é composta por 6 peças de malha, especialidade da Susana, e tem como objetivo alertar o público para o alarmante número de depressões e suicídios que ocorrem no nosso país.

Estes números são realmente assustadores: Estima-se que um português se suicida a cada 4 horas, e que Portugal é o 4º país da Europa mais afetado por depressões e suicídios.

Eu já senti isso na pele, e não podia ficar indiferente. Além disso, amo as peças de paixão.


Os 6 modelos da coleção têm preços entre 50€ e 100€ salvo erro, e 25€ de cada venda revertem para a ATA, uma associação que apoia vítimas de depressão e ansiedade.

Podem saber mais e contribuir para esta causa através da loja online da Susana Bettencourt.

xoxo

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

BERSHKA X Billie Eilish - DUH!

A Inditex não dorme, acho que até o mais desatento dos indivíduos já percebeu isso. E por isso começa a fazer cada vez mais colaborações e coleções especiais - como aliás outras marcas já fazem há alguns anos.

Eu vi esta há umas semanas quando a criatura andava por cá - sem ofensa para os fãs, que eu sei que estão aí - e fiquei meia perplexa.

A Bershka lançou uma coleção em  parceria com  a Billie Eilish.

Bershka x Billie Eilish - TehTeh Uncovered
Bershka x Billie Eilish

Atenção, eu até compreendo. A moça está "na moda" - mas nem por isso - e das marcas do grupo Inditex esta é sem dúvida a mais adequada ao estilo, e provavelmente mais importante à idade da grande maioria dos fãs dela.

O que eu não estava a perceber é como é que Billie Eilish - roupa larga, excessiva, quase masculina, completamente anti-mainstream - se enquadrava nas coleções da Bershka que eu sempre vi como...nem sei bem, mas o oposto disso.

Pensei que a coleção estaria cheia de t-shirts oversize gráficas - é moda e é comum a ambas as imagens - e pouco mais que isso.

Mas a verdade é que existe uma coleção inteira - maioritariamente de t-shirts gráficas e fatos coordenados, bem ao estilo da menina Billie.

Bershka x Billie Eilish - TehTeh Uncovered

Curiosamente, ou não, porque os srs. da Inditex são inteligentes, a maioria das peças até são usáveis e a canpanha foi feita com bom  gosto.  Mas nem tudo é o que parece.

Bershka x Billie Eilish - TehTeh Uncovered

Eu pessoalmente não usava este coordenado. Mas confesso que o acho o mais autenticamente Billie Eilish de toda a coleção. Embora tudo o que é coordenado de sweatshirt e joggers seja definitivamente dentro do estilo dela.

O resto, para mim é muito uma coleção de merchandising - à la Taylor Swift x Stella McCartney mas bem mais acessível - e este é um ponto positivo, porque os preços não são muito mais caros que o normal da marca.

Concluindo...eu não sou fã da miúda nem da loja, mas não resultou mal. Houve grandes cedências de ambas as partes, na minha ótica, mas não deixa de estar coerente.

A coleção está à venda no site, não tenho a certeza se encontram em lojas físicas.

Que acham? Já alguém viu/comprou?

xoxo

sábado, 21 de setembro de 2019

A dream (almost) come true

"Living in Winter, I am your Summer"


É tarde de sábado, em setembro, e está a chover. Eu estou de coração cheio e a ver sol...mais ou menos.

Isto já não será novidade para muitos, embora quase passasse despercebido pelo meu radar porque não devo estar a ouvir as notícias certas.

Taylor Swift é cabeça de cartaz do NOS Alive 2020.


Eu sei, é uma notícia um tanto controversa. Afinal, o NOS Alive era conhecido como um festival de rock e a Taylor está longe de ser uma escolha óbvia para este cartaz.

Eu estava sinceramente a contar que fosse no próximo RIR....mas enganei-me.

A questão é que - e podem comprovar isso carregando na etiqueta com o nome dela aqui abaixo - para quem segue a Taylor Swift desde há mais de 10 anos, comprou o primeiro dela a ser lançado em Portugal, gritou quando viu o primeiro video na TV e ouviu a primeira música na rádio  e ainda tem todos os seus perfumes...

Yap, este concerto está na minha bucket list. Nem me importa quem mais toca no festival.

Só tem 2 problemas:
  1. A entrada diária do Alive custa 69€
  2. Eu vivo a umas centenas de km de lá
É aqui que a porca começa a torcer o rabo...eu não quero perder esta turné da Taylor, não tenho as menores dúvidas que vamos tê-la cá na sua melhor fase...mas é um plano arriscado.

Por isso vou mandar uma mensagem para quem estiver a ouvir: 


Os bilhetes estão à venda a 28 de setembro, eu faço anos a 29...quem me dá a melhor prenda de anos de sempre?


Deixo-vos com Lover, a minha música do momento.


domingo, 8 de setembro de 2019

Filme: Extremamente Perverso, Escandalosamente Cruel e Vil

Alguma vez quiseram ver um filme sobre o Ted Bundy? Hoje vou recomendar-vos um.

Extremamente Perverso, Escandalosamente Cruel e Vil (eu sei de onde tiraram o título  mas era mesmo necessário ser assim tão longo?) é um original da Netflix, salvo erro, e penso que está disponível desde maio - eu é que estou bastante atrasada.


Este filme é protagonizado pelo Zac Efron (não revirem já os olhos) e a Lily Collins. Tem também uma participação bem curiosa do Jim Parsons.

Sim, o enredo foca-se na história do serial killer Ted Bundy, mas de uma forma que eu nunca me lembro de ter ouvido - e já ouvi várias, porque este moço é dos assassinos mais famosos de sempre.

Em vez de se focar nos homicídios, o filme gira em volta da relação de Ted com a sua namorada de longa data e também na forma como ele foi iludindo a justiça até ser finalmente ser sentenciado na Flórido.

Uma das coisas que eu, pessoalmente, gostei nesta película é que tem poucos detalhes gráficos sobre os homicídios. Honestamente, com tanto  documentário por aí sobre o assunto, acho que realmente esta versão da história não necessita.

Outra coisa que eu gostei foi da forma e do ângulo que este filme usou, que evidencia a inteligência e o charme que o moço tinha, e que o manteve vivo aqueles anos todos. Também mostra contrastes, a forma como  os métodos que Bundy usava para iludir a polícia foram mudando.

As interpretações são sólidas. A Lily Collins com o poder dramático que já tem provado possuir e o Zac...O Zac Efron nem sempre faz as melhores escolhas para a carreira dele, mas já o vi em ótimos filmes, e neste ele caminha entre o charme e a escuridão da personalidade do Ted Bundy de uma forma bem convincente.

Se em termos físicos podiam ter encontrado um ator mais semelhante - não tenho dúvida, mas acho que adequaram bem os padrões de beleza dos anos 60, 70 e 80 aos de hoje.

E é essa a minha última nota - os cenários e as caraterizações estão impecáveis para o que eu conheço de cada uma destas épocas.

Pessoalmente recomendo se quiserem ver um filme sério mas não demasiado pesado.

xoxo