quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Girls who need intervention

Começo já por declarar as minhas intenções. Eu não quero dizer mal das raparigas de que vou falar ou difamá-las, até porque não tenho nada contra elas. Apenas estou a dar uma opinião pessoal, que espero que seja respeitada e não levada a mal.

Basicamente, este post resume-se a falar de jovens meninas (porque até certo ponto ainda o são, e eu sou mais velha que ambas, nem que seja por uns meses) cujos comportamentos e maneiras de agir e de estar no Mundo não me parecem adequadas á idade que têm.

A Michelle Brito já esteve no estrelato, por boas e más razões,e não sei se isso terá sido bom para ela.
Ela que já esteve entre as 100 melhores do Mundo, e em terceiras rondas de Slams, está agora a lutar para não sair do Top 200 e sem patrocinador de roupa.
Ora isto é preocupante quando a rapariga ainda só tem 17 anos. Não o facto de o ranking dela não ser elevado, ou de não ter um patrocinador famoso, mas o facto de ela já ter tido um ranking alto e um patrocinador famoso e ter perdido ambos.
Isto é especialmente preocupante qaundo descobrimos a razão por detrás de ambas as perdas: o jogo da Michelle não está a evoluir.
Ela não consegue bons serviços, metade das vezes nem sequer consegue colocar a bola em jogo. E eu não vejo nenhuma melhora nesse campo, talvez até note um ligeiro retrocesso.
Ora, sendo que as outras jogadoras são no minimo servidoras decentes, e têm boas respostas - que não precisam de ser nada de especial para atacar um serviço quase não-existente - esta pode ser uma fraqueza importante no jogo dela, e vai ganhar dimensão com a progressão da carreira.
Outra grande fraqueza da Michelle é uma confessa falta de ritmo. O problema é que a culpa é dela, ou de quem gere a carreira dela. A Michelle, como júnior que é, não pode jogar a maioria dos torneios profissionais. O problema é que ela se recusa a jogar os torneios direccionados a júniores (ou pelo menos é o que se diz, se estiver errada, aceito a correcção).
Isso para além de lhe afectar o ritmo competitivo, não lhe permite ganhar atitude competitiva ou conhecer as adversárias que terá no futuro (sim, porque ela não vai jogar com a Serena Williams em 99% dos torneios).
Pelos vistos, a menina está à espera da maioridade, mais aí, ela vai partir em desvantagem: vai defrontar adversárias mais experientes e desenvolvidas, mais fortes a nivel fisico e mental, isto ao mesmo tempo que se adapta a uma nova realidade de jogar todas as semanas em torneios com uma competitividade a que não está habituada.
O que se pode fazer para minorar a situação? Tendo em conta que a Michelle só é júnior mais alguns meses, muito pouco. Mas penso que neste momento ela beneficiaria em ser entegrada num projecto de desenvolvimento para jovens da idade dela, ou eventualmente mais novas. em que pudesse trabalhar no serviço e competir com jovens como ela. E quando finalmente entrar no circuito sénior, fazê-la jogar o mais possivel, sobretudo no circuito secundário, para ganhar ritmo, confiança e atitude competitiva.

O meu outro caso em estudo é Tavi Gevinson.
Se vos disser que esta menina tem 14 anos, acreditam?
Tudo nela é errado. Desde a peruca, ás roupas e à atitude. Porquê este look envelhecido? Sim, parece mais velha, mas não como se tivesse 18 anos, mais como se tivesse 60. E isso não é bom, muito menos normal.
O que também não é normal é que ela tenha um trabalho. Ela é uma blogger desde os 11 anos e agora é escritora de Moda nas revistas mais conhecidas do Mundo.
Nada de errado se ela não faltassse às aulas para ir à Semana da Moda, ou se não recebesse produtos de Marcas com valores elevadissimos como se fosse uma celebridade.
E toda a gente acha normal que esta miúda esteja a definir uma moda horrenda em vez de fazer os TPC.
Isto não é normal. E sim, incomoda-me.
A verdade é que acho que o Mundo devia abrir os olhos e perceber o quão anormal a situação é e deixar de apoiar esta loucura, que honestamente pode não acabar bem, e ter apenas a pequena Tavi como vitima.

3 comentários:

  1. Os jovens de hoje em dia querem crescer antes do tempo. Rapidamente se tornam fenómenos por um ou outro motivo e depois esse auge torna-se banal em certa idade. Se é como escreveste, vai chegar a altura em que a Michelle Brito não vai conseguir ganhar qualquer torneio porque não evolui e a outra rapariga vai deixar de assumir o seu posto porque não aprendeu o que devia na sua idade, visto que se afasta do ensino regular. Eu acho que devia ser cada coisa a seu tempo, crescer aos poucos e não quando não estamos prontos para assumir cargos como o que elas ocupam. É o problema das estrelas jovens hoje em dia. E o pior é que isso também já se está a tornar comum. Não tarda a adolescência é virada do avesso e começam a pôr crianças e bebés no estrelado, com mais frequência. Mas é este o mundo que ocupamos, infelizmente.
    Beijinhos

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  2. yap...era a isso mesmo que me referia...

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  3. eu não conhecia essa miuda(?)de 14 anos e por isso só depois de ler o texto sobre ela é que percebi que não era uma velhinha :o

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